O ESPÍRITO SANTO E OS
DONS ESPIRITUAIS
Após Jesus ter
cumprido cabalmente aquilo que o Pai determinou, retornou aos Céus, deixou uma
promessa que encontramos em:
Atos 1.8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre
vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em
toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.
Este Espírito Santo
da promessa é que tem dado poder para a igreja e tem capacitado os crentes
através da concessão de Dons Espirituais, conforme lemos em:
1 Coríntios 12.1 e 4 “Meus irmãos, quero
que vocês saibam a verdade a respeito dos dons que o Espírito Santo dá.” ...
“Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um só e o mesmo Espírito
quem dá esses dons”.
Cabe a nós, crentes
fiéis em Jesus Cristo, buscar os dons para realizar o serviço da agência do
Reino de Deus na terra, a igreja, com a única e suficiente finalidade de
edificar esta mesma igreja – Corpo de Cristo, conforme:
1 Co 14.12 “Assim também vós, já que estais
desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da
igreja.”
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1.1) RELAÇÃO DE DONS ESPIRITUAIS
Textos de Referência: 1 Co. 12.8-10,28;
Rm. 12.6-8; Ef. 4.11; 1 Pe. 4.9-10; Ex. 31.3; 1 Tm. 2.1-2; Salmo 150.3-5.
01 – Administração ou Governo – 1Co 12.28; At 6-1-7; Ex 18.13-26
O dom de administração ou Governo é a capacidade divina para entender o que faz uma organização (ou igreja) funcionar, e também a capacidade de planejar e executar os procedimentos que realizem os alvos do ministério.
02 – Apostolado – 1Co 12.28-29; Ef 4.11-12; Rm 1.5; At 13.2-3
O dom do apostolado é a capacidade dada por Deus para iniciar e supervisionar o desenvolvimento de novas igrejas ou ministérios.
Obs:- A “posição” de apóstolo dada aos primeiros discípulos era única e, pela sua característica, não é existe mais, porém o “papel” desempenhado por aquele que é enviado continua evidente até hoje pelo dom do apostolado.
03 – Artesanato ou habilidades manuais – Ex 31.3; 35.31-35; At 9.36-39; 2Rs 22.5-6
O dom de artesanato é a capacidade divina para elaborar criativamente e/ou construir itens a serem usados no ministério.
04 – Auxílio ou Serviço ou Ministério – 1Co 12.28; Rm 12-7; At 6.1-4; Rm 16.1-2
O dom de auxílio é a capacidade divina para realizar tarefas práticas e necessárias que liberam, apóiam e suprem as necessidades de outros, inclusive superiores.
05 – Conhecimento – 1Co 12.8; Mc 2.6-8; Jo 1.45-50
O dom do conhecimento é a capacidade divina para trazer a verdade ao corpo pela iluminação ou entendimento bíblico.
06 – Comunicação Criativa ou Louvor – Sl 150.3-5; 2Sm 6.14-15; Mc 4.2,33
O dom da comunicação criativa é a capacidade divina para expressar a verdade de Deus através de várias formas e artes.
07 – Contribuição ou Liberalidade – Rm 12.8; Lc 21.1-4
O dom de contribuir é a capacidade divina para dar dinheiro e recursos à obra do Senhor com alegria e liberalidade. Pessoas com esse dom não se perguntam: “Quanto devo dar ao Senhor?” e sim: “Quanto preciso para me sustentar?”.
08 – Curas – 1Co 12.9, 28, 30; At 3.1-16; Mc 2.1-12
O dom de curas é a capacidade divina, que torna o crente num canal, através do qual Deus restaura pessoas.
Obs:- A palavra está realmente no plural, “Curas”, indicando que vários tipos de cura são possíveis com esse dom, (Ex. emocional, social, espiritual, física, etc).
09 – Discernimento – 1Co 12-10; At 5-1-4; Mt 16.21-23
O dom do discernimento é a capacidade divina para distinguir entre verdade e erro, podendo discernir entre espíritos bons e maus, e entre o bem e o mal.
10 – Encorajamento ou Consolo – Rm 12.8; At 11.22-24; At 15.30-32
O dom de encorajar é a capacidade divina para apresentar a verdade, com o objetivo de fortalecer, consolar ou estimular à ação aqueles que estão desmotivados ou fracos.
11 – Mestre ou Ensino – Rm 12.7; 1 Co 12.28-29; At 18.24-28; 2Tm 2.2
O dom do ensino é a capacidade divina para entender explicar claramente e aplicar a palavra de Deus nas vidas dos ouvintes, fazendo com que se tornem cada vez mais semelhantes a Cristo.
12 – Evangelismo – Ef 4.11; At 8.26-40; Lc 19.1-10
O dom de evangelismo é a capacidade divina para comunicar eficazmente o evangelho aos descrentes, de modo que os mesmos possam responder em fé, tornando-se discípulos de Jesus.
13 – Fé – 1Co 12.9, 13.2; Hb 11.1; Rm 18.21
O dom da fé é a capacidade divina para agir à luz das promessas de Deus com confiança e fé, não duvidando da capacidade de Deus para cumpri-las. As pessoas que possuem este dom estimulam outros a viver esta mesma fé, levam adiante o reino de Cristo, porque elas avançam quando outros param, e pedem a Deus aquilo que é necessário, confiando na provisão divina.
14 – Hospitalidade – 1 Pe 4.9-10; Rm 12.13; Hb 13.1-2
O dom da hospitalidade é a capacitação divina para cuidar de pessoas, providenciando comunhão, comida e hospedagem.
15 – Intercessão – Rm 8.26-27; Jo 17.9-26; 1 Tm 2.1-2; Cl 1.9-12, 4.12-13
O dom de intercessão é a capacitação divina para orar, regularmente, por outros, em qualquer dia e horário, de forma geral ou específica, vendo resultados freqüentes e também específicos.
16 – Interpretação – 1 Co 12.10, 14.5, 14.26-28
O dom de interpretação é a capacitação divina para transmitir ao corpo de Cristo a mensagem de alguém que fala em línguas.
17 – Liderança – Rm 12.8; Hb 13.17; Lc 22.35-36
O dom de liderança é a capacitação divina para passar uma visão, motivando e direcionando um povo a realizar harmoniosamente os propósitos de Deus.
18 – Línguas – 1Co 12.10, 28-30, 13.1, 14.1-33; At 2.1-11
O dom de línguas é a capacitação divina para falar, adorar ou orar em um idioma desconhecido ao orador. Pessoas com esse dom podem receber uma mensagem espontânea de Deus, que é transmitida ao Corpo pelo dom de interpretação.
19 – Misericórdia ou Compaixão – Rm 12.8; Mt 5.7; Mc 10.46-52; Lc 10.25-37
O dom de misericórdia é a capacitação divina para ajudar, com alegria e de maneira prática, aqueles que sofrem ou passam necessidades (é a compaixão em ação).
20 – Milagres – 1Co 12.10, 28-29; Jo 2.1-11; Lc 5.1-11
O dom de milagres é a capacitação divina para autenticar o ministério e a mensagem de Deus através de intervenções sobrenaturais que O glorifiquem.
21 – Profecia – Rm 12.6; 1Co 12.10, 28, 13.2; 2Pe 1.19-21
O dom de profecia é a capacitação divina para revelar e proclamar a verdade de forma apropriada e relevante para entendimento, correção, arrependimento ou edificação, podendo haver implicações imediatas ou futuras.
22 – Pastorado – Ef 4.11-12; 1Pe5.1-4; Jo 10.1-18
O dom de pastor é a capacitação divina para nutrir, cuidar e guiar o povo à maturidade espiritual e a ser como Cristo.
23 – Sabedoria – 1Co 12.8; Tg 3.13-18; 1Co 2.3-14; Jr 9.23-24
O dom de sabedoria é a capacitação divina para aplicar verdades espirituais de modo a suprir uma necessidade numa situação especifica.
Algumas igrejas alistariam outros possíveis dons,
não considerados neste trabalho, desta forma entre eles podemos incluir:
- Celibato;
- Aconselhamento;
- Exorcismo;
- Mártir;
- Pobreza voluntária ou ascetismo;
- Matrimônio.
2) O SERVIÇO
2.1)- COMO DEVEMOS
SERVIR?
Tendo como alvo
maior, tendo como meta prioritária, enfim, sempre tendo em mente e coração que
todo ministério (serviço) somente pode ser executado por um servo (ministro)
fiel, devemos buscar e utilizar os dons espirituais para: - “Glorificar a Deus
e edificar as pessoas!” – Este é o maior teste de um ministério!
2.2) - PERFIL DO SERVO
Um servo, no Reino de
Deus, deve ter verdadeira Paixão por aquilo que quer fazer no
Reino. Deve buscar e aprimorar os Dons Espirituais e
finalmente, deve colocar o seu Estilo Pessoal de ser e de como
realizar as coisas necessárias para Glorificar a Deus e edificar a igreja de
Cristo.
- Sua Paixão (seu sonho maior, aquilo que
lhe dá alegria) indica ONDE você servirá melhor.
- Os Dons Espirituais indicam O QUE você
fará quando estiver servindo.
- E o seu Estilo Pessoal indicará O
COMO você servirá.
Obs:- Não existem
Paixão, Dons ou Estilo certos ou errados.
2.3)- DEFINIÇÕES:
2.3.1)- PAIXÃO
Salmo 100.2 – “Servi
ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cânticos.” – Paixão é
isso!
É o desejo dado por
Deus que nos impele a fazer diferença num determinado ministério, sempre com
alegria em realizar a tarefa que nos foi confiada.
Quando você tem
paixão por uma determinada área de ministério, você estará mais entusiasmado e
motivado para servir. Servindo na área da tua paixão, você estará mais apto a
enfrentar os contratempos que sempre ocorrem, pois lidamos com pessoas, logo,
sempre somos surpreendidos em alguma coisa, tanto para nossa alegria como para,
em algumas vezes, nossa tristeza.
Existe uma maravilhosa
promessa para aqueles que servem a Deus com paixão naquilo que fazem: - “Confia
no Senhor e faze o bem; habita na terra e vive tranqüilo. Alegra-te no
Senhor, e Ele te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao
Senhor; confia nEle, e o mais Ele fará.” – Salmo 37.3-5.
2.3.2)- DONS
ESPIRITUAIS
1 Coríntios 12.7 e 11 – “A manifestação do
Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso. (...) Mas um só e
o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a
cada um, individualmente.”
Os Dons Espirituais são capacitações divinas, concedidas àqueles que o temem e
querem realmente servi-lo. Estes dons (capacitações) são distribuídos entre o
povo de Deus pelo Santo Espírito, para serem usados para propósitos
espirituais, visando uma contribuição relevante e significativa na obra da
edificação da Igreja, que é o Corpo Espiritual de Cristo.
Cada crente possui pelo menos um dom espiritual, logo, cada crente é um
ministro (servo).
Deus nos concede
estes dons ou capacitações, para melhor servirmos uns aos outros. Uma grande
prova do uso correto dos Dons Espirituais é o resultado que redunde na glória
de Deus e na edificação de outros, com isso proporcionando também a edificação
daquele que serve. Quando verdadeiramente desejamos servir a Deus, Ele mesmo nos
orienta para aquilo que de melhor podemos fazer para glorificá-lo, e deste modo
também edificar a igreja.
1 Coríntios 14. 12 – “Assim também vós,
já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a
edificação da igreja.” (...) “Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons.
E eu lhes mostrarei um caminho sobremodo excelente.”
2.3.3)- ESTILO
PESSOAL
Romanos 14.5 – “Um faz diferença entre dia e dia,
mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em
sua própria mente”.
Deus nos fez
semelhantes, mas não iguais. Deus nos fez, todos, Sua imagem e semelhança, mas
cada um com a sua própria personalidade e livre arbítrio. Deus nos fez como uma
raça, mas nos diferencia de tal modo que não existem duas pessoas exatamente
iguais.
Deus não nos designou
para sermos todos iguais, a unidade não é alcançada por se ser parecido e sim
quando temos o mesmo propósito, que é o de glorificar a Deus e edificar aos
outros.
Se o nosso estilo
pessoal causa escândalo, pelas diferenças culturais, geográficas, políticas,
etc... Devemos pedir a Deus que nos oriente em como servir melhor, nem que para
isso tenhamos que adaptar os estilo pessoal à situação, sem com isso anular a
nossa personalidade.
Nunca deixemos de
pedir que Deus efetue em nós o maior de todos os milagres – a transformação e a
renovação da nossa mente e espírito para algo sempre mais próximo do ideal
divino para as nossas próprias vidas.
Filipenses 1.6 – “estou plenamente certo de que
aquele que começou boa obra em vós há de completá-lo até ao dia de Cristo
Jesus.”
Porque:“A
manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Mas um só e o
mesmo Espírito opera estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como
quer. Mas Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis”. – (1
Coríntios 12.7,11 e 18).
2.4)- RESUMO
Diferente
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O Mesmo
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|
Dom
|
Há diversidade de dons, mas o
Espírito é o mesmo.
|
Espírito
|
Serviço
|
Há diversidade de ministérios,
mas o Senhor é o mesmo.
|
Senhor
|
Realizações
|
Há diversidade de operações,
mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
|
Deus
|
Filipenses 2.3 – “...porque Deus é o que opera em vós
tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”.
3)- O DOM DO ESPÍRITO SANTO
Em Atos 2:38 lemos:
“Disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de voz seja batizado em nome de
Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito
Santo”.
No dia de
Pentecostes, a Igreja de Cristo, Corpo de Jesus, foi batizada pelo Seu Espírito
Santo. Este é o dom que pertence a todos os que aceitam Jesus Cristo como
Salvador e Senhor em todos os lugares e em todas as épocas do mundo. Cada
crente e todos os crentes recebem o dom do Espírito Santo.
Naquele dia, esse Dom
foi comunicado entre aquelas muitas nações ali representadas. Esse dom foi o
batismo da Igreja no Espírito Santo. Paulo resume, de forma muito bela, a santa
operação, nas palavras de 1 Coríntios 12.13: - “Pois todos nós fomos batizados
em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos,
quer livres; e a todos nos foi dado beber de um só Espírito.”
3.1)- MARCAS DA AÇÃO NATURAL DO ESPÍRITO SANTO NA
VIDA DOS FIÉIS
O Espírito Santo
regenera os corações e os batiza, pois se torna hóspede do coração regenerado
(e somente do coração regenerado!).
Mas a atuação do
Espírito Santo prossegue, através da doação e distribuição dos dons ou
carismas. No estudo dos dons é que descobriremos que:
1)- O Espírito
Santo concede poder para o serviço, jamais para a exaltação pessoal;
2)- O Espírito Santo concede poder para o serviço, não para criar
dominadores ou dominados. (Não devemos esquecer que no Reino de Deus todos, sem
distinção, são servos);
3)- O Espírito
Santo concede dons para o serviço, jamais para o fanatismo religioso;
4)- O Espírito Santo concede dons para o serviço, mas não o faz para
desviar alguém da rota da humildade e obediência;
5)- O Espírito Santo distribui e concede dons e carismas, tendo em
vista a unidade e beleza do Corpo Espiritual de Cristo, ou seja: a Igreja do
Senhor.
Pela atuação do
Espírito Santo na vida de cada santo, enquanto instrumento de Deus, edifica-se
a obra de regeneração entre os homens que aceitam o sacrifício de Cristo e se
dispõem a servi-LO.
4)- DONS ESPIRITUAIS E FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
4.1)- OS DONS
ESPIRITUAIS
Há talentos
diferentes para pessoas diferentes. Há talentos
iguais para pessoas diferentes.
Há talentos
diferentes em pessoas semelhantes. Há talentos iguais em pessoas
semelhantes.
Acontece que um talento
natural, quando dedicado a Deus e usado sob Sua direção torna-se, de modo
prático, em carisma, ou seja, dom para serviço.
Há dons diferentes
para crentes diferentes, como também os mesmos dons podem ser doados para
pessoas diferentes.
O Dom de servir no corpo da Igreja, é carismata. Ele, o dom, é
concedido aos crentes para fins espirituais, dentro da harmonia do Corpo de
Cristo, que é a Igreja, para a edificação desta.
Vale diferenciar termos, guardando o sentido exato de cada um:
- Carismata – se firma na graça, no favor imerecido recebido pelo crente, com
o propósito de serviço no Reino de Deus, para edificação da Igreja.
- Diaconia – caracteriza a capacidade de servir que envolve o crente e o
habilita a ministrar, à semelhança do próprio Cristo.
- Energêmata – dá o sentido
de operações, obras, realizações.
A realização das três
formas acima no viver cristão se cumpre na execução dos dons.
4.2)- O FRUTO DO
ESPÍRITO SANTO
Os dons espirituais
são diferentes do fruto do Espírito.
“O fruto do Espírito
é caráter cristão; os dons espirituais são realizações”.
- No fruto, a qualidade se esmera na caminhada de
santificação.
- Os dons espirituais são as ações individuais de cada crente
no serviço de Cristo.
Grossman declarou com
razão: “O sinal decisivo da vida espiritual autêntica será sempre o
fruto, jamais o dom”.
Quando o exercício
dos dons for realizado corretamente e em plenitude, teremos a manifestação
daquilo que Paulo chama “Fruto do Espírito”. Conforme
enunciado em Gálatas 5:22-23, o Fruto do Espírito Santo é:
AMOR – ALEGRIA – PAZ
LONGANIMIDADE –
BENIGNIDADE – BONDADE
FÉ – MANSIDÃO –
DOMÍNIO PRÓPRIO.
5)- O DERRAMAR DO
ESPÍRITO SANTO
- Cristo, antes de retornar ao Pai, profetizou a respeito da vinda do
Espírito Santo. – Podemos ler em Lucas 24.49 – “Envio sobre vós a promessa de
meu Pai; mas ficai na cidade, até que do alto sejais revestidos de
poder”.
- Em Atos
2.1-4 vemos o relato de como Deus providenciou o derramar do Espírito
Santo.
- Em Atos 2.16 o Apóstolo Pedro afirma que o que está
relatado em 2.1-4 é o cumprimento da profecia de Joel. (Jl. 2-28,29).
5.1)- EXPLANAÇÃO
DA PROFECIA DE JOEL 2.28,29
- “E depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne.” – Não existe
preconceito sobre nacionalidade, cor, escolaridade, etc. Para todos que crêem
em Cristo, filho de Deus, e O aceitam como Senhor e Salvador de suas
vidas.
- “... e os meus filhos e filhas profetizarão” – Não
existe preconceito de sexo. A sociedade da época discriminava as mulheres. (Ver
Gn. 1.27).
- “... os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão
visões.” – Não existe preconceito de idade. Na sociedade da época
somente tinha palavra os acima de 30 anos.
- “Até sobre
os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.”
O ‘naqueles dias’ são
os dias de hoje, todos os dias entre o retorno de Cristo aos Céus e a Sua
vinda, para julgar o mundo.
Não existe
preconceito social, as camadas sociais mais humildes também receberão o dom do
Espírito Santo de Deus.
5.2)- PORQUE O
DERRAMAR DO ESPÍRITO ACORREU NO DIA DA FESTA DO PENTECOSTES?
Sendo uma das mais
importantes festas anuais dos judeus, todos os judeus deveriam participar dela,
inclusive os judeus da diáspora (1), bem como os prosélitos (2).
(1)- Diáspora (Dispersão de Israel). - Esse termo é usado pelos
historiadores para referir-se às colônias judaicas (forçadas ou não), que foram
estabelecidas em outras partes do mundo, fora da Palestina. O termo inclui os
movimentos voluntários de emigração de judeus para outras terras, mas também se
refere às colônias judaicas que resultaram de guerras, exílios e
aprisionamentos. Os descendentes dos exilados e deportados também vieram a
fazer parte da diáspora. Os Oráculos Sibilinos (cerca de 250 a.C.) refletem a
extensão da dispersão dos judeus, afirmando que cada terra e que cada mar
estava repleto de judeus. Nos tempos do NT., havia mais judeus vivendo fora da
Palestina do que dentro dela. O número de judeus dispersos, naquela época, tem
sido calculado entre 3 a 5 milhões de pessoas.
(2)- Prosélitos. - Gentios (pagãos) convertidos à doutrina dos
judeus. Os rabinos reconheciam duas ordens: (A)- Os prosélitos da justiça
(aceitavam a circuncisão bem como toda a Lei Mosaica). (B)- Os prosélitos da
porta (Ex. 20.10) – (ficavam incircuncisos, mas se submetiam aos princípios do
decálogo e assistiam aos ofícios do judaísmo na parte do Templo chamada O Átrio
dos Gentios).
Que ocasião perfeita
para um evento de alcance mundial! Em todas as nações conhecidas se falaria do
milagre em Jerusalém, e o Evangelho de Jesus Cristo seria espalhado por toda a
terra, sendo o início da evangelização do mundo, conforme Deus prometeu a
Abraão que “em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gn.
12.3).
Na obra da redenção,
Cristo colocou o homem dentro do Reino de Deus, reconciliando o homem com Deus,
já o Espírito Santo coloca o Reino de Deus dentro do homem, pois é o próprio
Deus, na pessoa do Espírito Santo que opera em nós e dentro de nós. (Fl.
2.13, Cl. 1.29, 1Ts. 2.13).
BIBLIOGRAFIA:
- A
Doutrina do Espírito Santo – A. B. Langston
- Espírito
Santo, O Executivo de Deus – Pr. David Gomes
- Enciclopédia
de Bíblia Teologia e Filosofia – Champlin/Bentes
- Conciso
Dicionário de Teologia Cristã – Millard J. Erickson
- Manual
de Teologia Sistemática – Pr. Zacarias de Aguiar Severa
- Pequena
Enciclopédia Bíblica – O. S. Boyer
- Rede
Ministerial – Guia do Participante – Bill Hybels e outros
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